24 de setembro de 2010

Sobre a saudade...

Com a vida corrida, o trabalho, os amigos chamando para sair da zona norte à zona sul, a família cobrando presença, etc. etc. etc., sobra pouco tempo para nos darmos conta sobre como algumas pessoas nos farão ou nos fazem falta.
O namorado está indo embora hoje. Um mestrado em artes plásticas em Londres o aguarda. Na verdade, um p*ta mestrado, o sonho de muitos. Durante um ano, muitas coisas vão acontecer aqui e lá e nós dois ficaremos entre conversas por Skype e um fuso horário ingrato.
Há duas semanas que eu de fato parei para pensar nisso tudo. Como ele vai fazer falta na minha vida e como que eu vou lidar comigo mesma durante esse tempo todo.
É duro, mesmo pensando como essa viagem nos trará coisas positivas, desenvolvimento pessoal e afetivo.
As covinhas quando sorri, a paciência, o abraço quente e o cheiro do xampu. Nada vai suprir a sua ausência. Seja feliz e volte.

21 de setembro de 2010

Maria Brigadeiro, a loja

Vocês perceberão que todo o post anterior, sobre "Comfort Food" e a "Publicidade do bem", foi escrito para introduzir a minha visita, neste último sábado à lojinha de brigadeiros gourmet Maria Brigadeiro, em SP.
Eu já mencionei essa pequena delícia por aqui duas vezes, quando falei sobre a caixinha de brigadeiros dedicados à TPM de todo santo mês e sobre o livro lançado pela dona, Juliana Motter, que conta a história do doce (com dicas e receitas) e do empreendimento em geral. Confesso que estou apaixonada por tudo o que vi.
Na lojinha tudo é muito bonito, desde as embalagens dos produtos (caixinhas, marmitas, panelinhas, potinhos, ...) até os mínimos detalhes contidos no espaço: as louças, as estantes na cozinha com livros de ídolos meus (Gordon Ramsay, para citar um), a lousa com os sabores e preços escritos à mão, o cartão de visita à disposição dos clientes, ...
Tudo foi cuidadosamente pensado e colocado em prática. Um enorme exemplo de "Comfort Food". São aproximadamente 40 tipos de brigadeiros, que foram cuidadosamente inventados e são preparados diariamente. A vitrine permite que o consumidor seja encantado pelas mulheres que os confeccionam, um a um.
Comprei uma caixinha com nove para dar de presente (muitos aniversários na minha vida ultimamente, rs). Escolhi: pistache, noir (com mais cacau) e tradicional. Adorei o fato de eles não serem muito doces, enjoativos. O de pistache me lembrou muito os brownies brancos que tentei fazer um tempo atrás (receita guardada às 7 chaves).
Acabei não resistindo (óbvio) e comprei também uma panelinha com o doce tradicional de colher para mim por R$ 19,00. De tão fofa, vai se tornar um "souvenir" e povoar a minha estante do quarto daqui pra frente.

Sim, vá até lá (correndo): Maria Brigadeiro - http://www.mariabrigadeiro.com.br - Rua Capote Valente, 68, Pinheiros, próximo a Av. Rebouças, São Paulo. Telefone: (11) 3085-3687

20 de setembro de 2010

A Publicidade do bem e o Comfort Food

Hoje não vou escrever sobre uma lojinha ou um restaurante em específico. De repente, me deu vontade de comentar aqui sobre dois conceitos publicitários que eu ando lendo a respeito e formulando as minhas próprias interpretações: o "Comfort Food" e a "Publicidade do bem".
O "Comfort Food" faz referência à alimentos que de alguma forma nos trazem benefícios emocionais como prazer, alívio do stress e que suprem necessidades mais íntimas do que simplesmente saciar a fome. Este conceito pode hoje ser visto como uma espécie de tendência aqui no Brasil (devo ter cuidado com o uso dessa palavra, pois pode dar margem à várias interpretações). Depois que o "Fast Food" deixou de ser novidade e entupiu a artéria de muitos e que a loucura das dietas "non sense" tornaram muitas mulheres magras demais e doentes para alcançar aquele padrão de beleza bizarro, começamos a dar mais valor às comidas feitas em casa, seja por nossas mães, avós, ou até mesmo por nós próprios.
A alta gastronomia nunca esteve tão acessível nas livrarias, na internet e agora, passam a nos atingir nas docerias, nos restaurantes e cafés que resolveram aproveitar de maneira eficaz essa nossa "vontade" / "necessidade".
Este conceito liga-se também com as nossas lembranças da infãncia, com aquele cheirinho de bolo de fubá saído do forno. Nada de conservantes, nada de produtos feitos em série. São produtos estes confeccionados e embalados de maneira artesanal, com validade reduzida e carinho, aquele que de longe se percebe.
Eis que aí, você me pergunta: Mas todo esse conceito, aproveitado conscientemente pelos gourmets e inconscientemente por nós consumidores, não é uma maneira encontrada pelos publicitários para se aproveitar e nos enganar de vez?
Não, não necessariamente.
Neste caso, posso dizer que existe sim a "Publicidade do bem". A publicidade que vende exatamente o que promete, com gosto, cheiro, tudo. A experiência proporcionada por estes lugares também não fica atrás, encantando cada ser que entra nestes ambientes de compra, principalmente pelo bom serviço (que deveria ser premissa para qualquer estabelecimento, mas infelizmente não é). Cada momento passa a valer mais a pena e você não se sente usado pelo processo de compra/venda.
Mas e o preço de tudo isso, como fica? Pois é, o preço deixa de ser R$ 1,99 obviamente porque os produtos não são mais feitos sobre esteiras de indústrias. O preço aumenta, mas a satisfação também. Aquela mordida passa a valer mais do que X bolinhos cheios de açúcar embalados a vácuo com 345 elementos químicos que não necessariamente vão nos fazer bem e saciar por completo aquela nossa "vontade". Claro, também não vamos comprar sempre, mas vamos guardar esses momentos como especiais e dedicar esta compra à pessoas e ocasiões que mereçam esta recompensa. Os produtos passam portanto, a ter maior valor agregado e provavelmente jamais serão esquecidos. E o que nos queremos, comunicólogos à serviço, é que não nos esqueçam jamais.

14 de setembro de 2010

Gastrô - Espaço Gourmet

Sabe quando você tem certeza de que quer fazer alguma coisa mas o dinheiro (ou melhor, a falta dele) te impede? Pois é, estou nessa. Tinha resolvido que, após ter me formado comunicóloga, começaria uma nova faculdade, um curso de Gastronomia.
Levando em consideração os horários insanos no trabalho e do trânsito sem comentários em São Paulo, encontrei na Anhembi Morumbi uma opção ótima: qualidade (ou pelo menos parece ter), campus perto do trabalho, à noite, em 2 anos. O problema, óbvio: mensalidade impossível dentro do meu orçamento atual. Triste, triste...
Mas, enquanto eu não ganho na mega senna ou viro sócia da agência (até parece), vou me contentando com cursos menores, mas não menos gostosos.
Dividi no último Dia dos Namorados um curso de um dia, ou melhor, de uma noite, para aprender a fazer uma entrada (Creme de queijos com tuilles de gergelim), um prato principal (Risoto de camarão ao curry com champagne) e uma sobremesa (Mousse de chocolate com creme de morangos e ganache de chocolate meio amargo) para degustar a dois. O espaço chama-se Gastrô Gourmet e localiza-se em uma pequena rua próxima à FAAP, em uma charmosa casinha.
Confesso que no início imaginei que seria um curso rápido e com uma degustação mais rápida ainda, sem grandes firulas. Mas, para a minha surpresa, não só cozinhamos pratos lindos como sentamos à mesa (os quatro casais e a chef professora, Fernanda Lopes) e jantamos absolutamento tudo, como um verdadeiro banquete!
Achei justo pagar R$ 200,00 (valor para o casal) nesta noite, levando em consideração a qualidade da aula, dos ingredientes, do lugar e do ótimo vinho argentino que ganhamos.
Depois, com calma, dei uma olhada no site e percebi que há uma grande variedade de outros cursos (desde um Fundamental sobre pratos do dia-a-dia como um dedicado às crianças, com receitas de cupcakes), com também diversos horários e preços. Dá para alugar o espaço, inclusive, para fazer festas e eventos corporativos.

Sim, vá até lá: Gastrô Espaço Gourmet - http://www.gastrogourmet.com.br/ - Rua Tinhorão, 122, Higienópolis, São Paulo, SP. Telefone: (11) 3666-7111

7 de setembro de 2010

Cupcakeria

Pois é, ando obcecada por bolos e doces. Quem me acompanha por aqui já deve ter percebido. Ando pesquisando muito, mas não somente para satisfazer a minha gula, e sim também pelo lado marketeiro e gourmet da coisa. Ando pensando em muitos detalhes para conseguir montar um dia o meu próprio negócio, que precisa ser original, caseiro e super gostoso. Por isso, tenho testado todos os novos empreendimentos e a Cupcakeria é um deles. Estava andando no shopping Pátio Paulista, aqui em SP, quando me chamou a atenção o pequeno quiosque da marca, com seis tipos de cupcakes bem bonitos na vitrine. Eu e o namorado, claro, compramos uma caixinha com dois (R$ 6,00 cada um) para experimentar: Blueberry e Nutella. A embalagem é bem bonita, com logo fofo e cores suaves. É um lindo presente, mas os bolinhos pecam um pouco pelo excesso de manteiga na massa e açúcar na cobertura. Ao menos, é o que parece após a última mordida. Quem gosta deles assim mais doces, no entanto, vai amar.

Vá até lá e experimente: Cupcakeria - http://www.cupcakeria.com.br/blog/ - Quiosque no shopping Pátio Paulista, Rua Treze de Maio, 1.947, Bela Vista, São Paulo.

6 de setembro de 2010

#1 - Buenos Aires

Viajei no Carnaval de 2009 para Buenos Aires, Argentina. Enquanto a maioria das pessoas se deslocava para as festas e o calor do nosso país, embarquei junto ao namorado para a terrinha portenha sem o menor remorso.
Nunca tinha viajado para fora do país. A experiência com os "duty frees", com a imigração e com os taxistas falando uma língua rápida, cheia de "firulas", me deixaram no começo da viagem com bastante medo, mas um medinho gostoso de independência. O que me tranquilizou foi o lado colombiano do namorado que nos ajudou a encontrar o albergue e um café gostoso do outro lado da mesma rua para jantarmos, o Café de la Ciudad. Nunca vou esquecer das "medias lunas" e do queijo meio adocicado que nunca provei igual por aqui.
As maiores dicas de lugares bacanas para se visitar eu descobri em roteiros totalmente "off" turista. Descobrimos bem sem querer a Bond Street, uma excelente galeria do rock, escondidinha na Av. Santa Fé, 1670. Arrisco dizer que ela é hoje muito melhor do que a nossa no centro de SP. Se você for e não quiser comprar nada, vale pelo menos uma passada para tirar uma foto junto ao grafite dos Ramones zumbis em uma de suas paredes.
Para comprar jaquetas de couro, esqueça a Calle Florida. Lá as jaquetas possuem modelos mais tradicionais, sem muita opção de couro ou tingimento. Comprei uma vermelha cheia de detalhes e bolsos na loja Juan Lopez Cueros, na Rua Suipacha, 942, Centro, próxima a Av. Corrientes. O vendedor era extremamente simpático e arranhava o "portunhol" como ninguém para se fazer entender. Gostei muito do modelo da jaqueta, mas no dia ele só tinha uma e tingida de verde. Sem esperar para que eu mudasse de idéia, ele tirou todas as minhas medidas na hora e mandou fazer uma do jeito que eu queria em 2 dias (sem cobrar nada a mais por essa gentileza).
E se você quiser comprar cashmere autêntio e com preço justo? Indico: loja Silvia y Mario, Rua Marcelo T. de Alvear, 550, Centro. Comprar doce de leite? Acredite, as lojinhas do aeroporto de lá vendem um ótimo, baratíssimo e muito diferente do que conhecemos aqui. Alfajores? Fuja das lojinhas Havana. Infelizmente, hoje eles são industrializados e não tem o mesmo sabor dos feitos em lojinhas de bairro. Café da manhã a qualquer hora? A Panaderia Café del Botánico foi uma ótima opção, achada também por puro acaso em Palermo. E comer uma boa massa feita na casa? Vá ao Barbería perto do Caminito, na La Boca. Uma drag queen é o dono(a) do lugar (e o alegra sem esforço). Apesar das críticas que li na internet, gostei bastante do lugar. Rua Pedro de Mendoza, 1959.
Para obter outras milhares de dicas, vale a pena se programar com bastante antecedência e conversar com todos os amigos que já foram pra lá. Cada pessoa com certeza conheceu um pedacinho diferente daquela cidade. E lembre-se, infelizmente pra eles e felizmente para nós brasileiros, somos "ricos" naquele país. Dá pra viajar super bem e gastar pouquíssimo, principalmente se você ficar em um dos melhores albergues da cidade, o Hostel Suites Obelisco. Reservando com 4 meses de antecedência dá para pegar o único quarto de casal do lugar, com TV e banheiro privativo.

Sim, viaje: Comprei a minha passagem pelo site Submarino Viagens. Sem dor de cabeça. Acho que as melhores épocas para programar uma viagem pra lá são nos nossos feriados prolongados. Aeroportos tranquilos, principalmente no Carnaval.